domingo, 15 de dezembro de 2013

O arquiteto e a cidade



Neste Dia do Arquiteto, escolhemos falar de uma personalidade pouco conhecida, mas que ajudou a construir a cara da nossa cidade.


Mesmo sem saber, você certamente já entrou, morou, trabalhou ou pelo menos passou em frente e parou pra observar um dos prédios construídos por esse arquiteto. Emílio Hinko (1901-2002), húngaro que escolheu Fortaleza para viver, foi um dos que construiu a cidade na primeira metade do século passado.

Seus projetos residenciais eram considerados inovadores para a cidade, construindo sem edificar todo o lote, mas prevendo recuo e espaços ajardinados, entre outras melhorias. Sua arquitetura, baseada na experiência que teve na Itália, é considerada também como adaptada ao clima da cidade e preocupada com o bem estar sanitário, ao pensar espaços arejados, varandas, utilização de elementos vazados e banheiros no espaço interno das residências. Com essas premissas, e permitindo que o cliente participasse do processo ao projetar, construiu diversas residências, principalmente pelo Centro, Jacarecanga e Benfica.

Sobre sua obra residencial, no meio acadêmico diz-se também que A implantação é feita de maneira a permitir a iluminação e a ventilação natural. Percebe-se também a utilização de elementos modernos, como o brise e a pérgula, além de um jogo bem equilibrado de volumes (SALES apud VERAS, online, 2000)"

Casas para aluguel no centro: hoje (acima) e antes (abaixo).
(imagens: google street view e Skysrappercity)

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

O Passeio Público


Ambiente agradável, reunindo arte, lazer, ar puro e (muita) História. O Passeio Público tem muito pra mostrar, pra quem é de Fortaleza e pra quem vem de fora.


Que o Passeio Público tem muita história pra contar todo fortalezense sabe. A mais antiga área de lazer da cidade viu vários acontecimentos relevantes do país durante sua existência: escravidão, abolição, revoltas, revoluções, fuzilamentos, tudo passou por ali (inclusive a primeira partida de futebol do Ceará!). O Passeio, depois de alguns anos marginalizado e esquecido (o que, de certa forma, acabou contribuindo pra sua preservação), é novamente uma das melhores opções de espaço público da cidade. 

(clique nas fotos para ampliar)

Excursões já são parte da rotina do Passeio.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

O Parque Dom Pedro II - De onde viemos, pra onde vamos?

Nessa postagem voltamos a falar sobre São Paulo, dessa vez pra contar uma história curiosa, triste, mas com uma ponta de esperança.



Era uma vez uma grande área verde em uma cidade brasileira no começo do século passado. Essa área, de transformação em transformação, se tornou um parque, que era o principal espaço de lazer da cidade. O parque era um ponto de encontro e diversão na cidade, e muita gente passou a infância brincando ali.
O parque, em 1922 (foto do acervo da Casa do Imigrante - SP)

terça-feira, 22 de outubro de 2013

O prédio do Colégio Marista Cearense. E agora, José?

Nos últimos dias, a notícia do encerramento das atividades da Faculdade Católica gerou a polêmica da vez na cidade: o que será feito do prédio centenário, em pleno Centro?


A faculdade nega haver negociações do prédio por enquanto, mas se espalha o boato de que seria construído um shopping no local. Contra isso, ex-alunos criaram um abaixo-assinado que está recebendo muitas assinaturas de apoio na internet.
Apesar de não conhecermos todo o espaço, essa postagem vem trazer algumas ideias: entre restaurar e conservar o prédio e um novo shopping, porque não ter os dois? 
Trazemos aqui dois exemplos que deram muito certo: o Centro Comercial Príncipe Pio, em Madri, e o Shopping Light, em São Paulo.

Centro Comercial Príncipe Pio

Esse Shopping funciona na estrutura de uma estação de trens do século XIX, que estava em decadência e desuso quando recebeu esse projeto. Hoje, além do shopping, existe acesso de metrô e trem urbano, tornando a região bastante movimentada. O projeto, que dá pra ser consultado em todos os detalhes nesse link aqui, é considerado um grande sucesso e o site do empreendimento mostra que os negócios estão indo bem. Com cinemas, praças de alimentação, supermercado e lojas de todo tipo, era de se esperar que as ruas ficassem desertas, mas pelo contrário. O equipamento, na verdade, trouxe um novo impulso pra região, e a praça que está em frente tem seus restaurantes e lanchonetes bastante concorridos, inclusive à noite.

O Centro Comercial (crédito da imagem: http://www.to-madrid.com)

domingo, 18 de agosto de 2013

Caderno de Alternativas ao Viaduto Antônio Sales | Eng. Santana Jr.

Post passado divulgamos o concurso realizado pelo CACAU/Arquitetura UFC, hoje viemos divulgar o caderno de propostas publicado no grupo do facebook Direitos Urbanos | Fortaleza. A leitura vale a pena e as propostas mostram um princípio da cidade que queremos.


quarta-feira, 24 de julho de 2013

Os viadutos, os carros, as ruas, a cidade.

Quando as árvores que a prefeitura começou a plantar essa semana no Parque do Cocó a titulo de "compensação ambiental" estiverem adultas, possivelmente uma nova solução para o tráfego vai estar sendo discutida, com clichês como "caos no trânsito" e "a cidade está crescendo" pelo meio.


Parece bastante simbólico que, em uma época em que diversas cidades ao redor do mundo e mesmo no brasil discutem o que fazer para se livrar de seus viadutos, monstrengos criados geralmente há cerca de 40 anos, sob a bandeira do progresso, nossa cidade esteja optando por adotá-los. 

Claro que não se pode generalizar, mas esse tipo de construção é, hoje, além de índice de degradação das regiões onde se encontram, muito ineficaz frente a uma política de constante aumento da frota. Em São Paulo, por exemplo, além de suspenderem obras como túneis e intensificarem o ritmo de implantação dos corredores de ônibus, o elevado conhecido como Minhocão é frequentemente contestado, havendo grupos representativos que desejam demoli-lo ou utilizar como parque suspenso. Aliás, é bom lembrar que a região hoje degradada no entorno dele era área nobre antes da construção.

Diversas obras apresentadas como a salvação da mobilidade inclusive recentemente, como a ampliação das pistas da marginal tietê, em São Paulo, representaram um alivio passageiro para o trânsito até se aproximarem novamente da saturação, tudo isso em menos de cinco anos. Curiosamente, nessa mesma via uma solução muito mais barata e efetiva foi a criação de faixa preferencial de ônibus, desde 2010, e que agora deverá se tornar exclusiva. Quem sabe seja um alerta de qual é a direção a seguir.

No Rio de Janeiro, como já falamos no facebook, o viaduto da perimetral deve ser demolido para requalificação da região portuária. E isso só segue a tendência mundial, como San Francisco (EUA) ou Seul (Coreia do Sul), que, entre outras dezenas de cidades, derrubaram quilômetros de viadutos levantados dos anos 50 pra cá em prol de mais espaços de convívio e trânsito de pessoas.

Há quem diga que "é necessário". Que os carros estão aí e que é um absurdo que eles levem um tempão para passar ali em horário de pico (o que só mostra o grau de desorganização histórico da cidade, que construiu uma área "nobre" com pouquíssimos acessos, muitas vezes penetrando em área de interesse ambiental e em lugares em que nem o saneamento básico chegou). Talvez muitos de nós não tenhamos alcançado esse tempo ou não saibam, mas vias do centro como as ruas Liberato Barroso e Guilherme Rocha já foram ruas tomadas por veículos, antes de se tornarem "calçadões" - e isso no tempo em que a Aldeota nem ameaçava o centro como coração financeiro e comercial da cidade. Hoje em dia, alguém acredita que faz falta passar carro nessas ruas? Ou, em outras palavras, alguém defenderia o retrocesso? Esse é só um exemplo de que, diante da impossibilidade de circular, os carros (e seus donos) simplesmente encontram outras soluções para o deslocamento. Afinal, a Beira Mar e adjacências vivem cheias de carros, mas quando são interditadas para um evento tudo acaba bem da mesma forma, não é?

O fato de se considerar o carro o transporte por excelência, relativizando a importância de quem usa ônibus, bicicleta ou caminha (e que, aliás, são maioria) está refletido no projeto da prefeitura, o que o torna ainda menos simpático. Mesmo a alegação de que terá faixas pra ônibus deve ser analisada com cuidado. Afinal, se vai ter, por que já não tem? Afinal, os ônibus já estão lá.

Por outro lado, os motoristas que esperam ansiosos pelo viaduto têm lá sua razão  Não há outra forma de saírem de suas casas e irem ao emprego, ou às compras. Mas isso, novamente, é culpa de uma cidade que não tem infraestrutura nessa "área nobre" nem mesmo para tomar um ônibus, em muitos (muitos!) casos.  Aliada à insegurança, essa situação gerou cidadãos que tiveram o primeiro contato com o transporte público na Copa das Confederações, indo ao Castelão. E vendo que nem é esse bicho de sete cabeças.

Nesse contexto, a iniciativa do grupo Direitos Urbanos em promover um concurso de ideias para a área é muito bem vinda, por gerar a discussão. Afinal, se a cidade é de todos e uma boa porção acredita que soluções melhores são possíveis, por que não debate-las? Mais ainda, se arquitetos e urbanistas, exatamente os profissionais que têm como missão projetar a cidade para todos, majoritariamente discordam da opção da prefeitura, uma luz amarela deveria ser acessa, no mínimo.

cartaz do grupo Direitos Urbanos - Fortaleza (clique para ampliar)
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quarta-feira, 5 de junho de 2013

Aeroporto Pinto Martins

Como está a acessibilidade da principal porta de entrada (clichê detected!) da cidade?

Uma postagem a respeito do Aeroporto feita hoje corre risco de envelhecimento precoce, já que o equipamento atualmente passa por obras de reforma e ampliação. Mas como a expectativa é de que muita gente passe pelo terminal daqui pra Copa do Mundo do ano que vem (quando a reforma ainda não vai ter acabado), resolvemos observar um pouco das condições que os viajantes encontram por aqui.

Como a gente já sabe, a principal forma de chegar e sair do aeroporto (e de quase qualquer lugar na cidade) é de carro. O acesso é fácil e o estacionamento conta com vagas suficientes.
Já pra quem chega a pé a situação é um pouco mais complicada, com essa entrada aí da foto.


acanhada entrada de pedestres.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Que cidade é essa?

Passando aqui na Rua rapidinho pra chamar atenção no vídeo que está sendo divulgado pela Prefeitura Municipal de Fortaleza, quando o VLT é apresentado de forma integrada com as vias e no mesmo nível das mesmas (como deveria ser), quando na verdade hoje estão sendo construídos muros de concreto SEGREGANDO o espaço urbano.


sábado, 13 de abril de 2013

Feliz aniversário, Fortaleza!

Bom dia, gente!
Hoje é o Dia Municipal de Prestar Homenagem a Fortaleza, e por isso nossa postagem deste sábado é uma pequena demonstração de carinho pela nossa cidade.
O desenho é de Morganna Batista, "crianças e bila na Praça José de Alencar", e o texto é uma releitura de Cleber Cordeiro para "A casa", de Vinícius de Morais, pra quem quiser cantar junto. ^^

Parabéns, Fortaleza!
E procure continuar melhorando todo dia!




Essa cidade
É muito engraçada
Quase sem praça
Tem nem calçada
Ninguém podia
Andar nela não
Faltando sombra
E ventilação
É bem dificil
andar no passeio
Tem moradores
sem muito asseio
O velho edifício
Que tava ali
um estribado
Quis demolir
Não é a cidade
que amo e quero
ô, Fortaleza
melhore, eu espero.




quarta-feira, 10 de abril de 2013

A paisagem urbana de Fortaleza x Poluição visual.

De acordo com Gordon Cullen, "Paisagem Urbana é um conceito que exprime a arte de tornar coerente e organizado, visualmente, o emaranhado de edifícios, ruas e espaços que constituem o ambiente urbano."


Está claro que a paisagem urbana de Fortaleza é extremamente confusa, refletindo uma desorganização e a ausência de um bom planejamento urbano durante o passar das décadas. Somos deficientes em habitação, espaços públicos, mobiliários urbanos, arborização, áreas verdes e em muitas outras coisas. A poluição visual é mais um fator que contribui e muito para que nossa paisagem se configure no caos.


Mais e mais fios elétricos no Centro da cidade.

domingo, 7 de abril de 2013

Da série: só acredito vendo.

É neste domingo que trazemos a maior pérola que este blog já encontrou andando nas ruas de Fortaleza. Vemos a seguir as fotos do antes e do depois.

O antes:

segunda-feira, 18 de março de 2013

Identidade x modernidade: as chácaras do Benfica.

Região de construções antigas vem tendo uma alteração do perfil (e dos imóveis) nos últimos anos. É possível mudar e conservar ao mesmo tempo?


Quem conhece o bairro Benfica, e em especial a Avenida dos Expedicionários há bastante tempo com certeza deve se lembrar do casario bonito que havia naquelas bandas e que sucumbe, há alguns anos, à chegada das torres residenciais e o comércio crescente, em especial o de confecções. Esse movimento é esperado e de certa forma acontece por toda a cidade, e infelizmente nem sempre de uma forma muito bonita ou correta, como no absurdo caso da Chácara Flora.
No entanto, o que vamos falar tem mais a ver com a dificuldade de se conjugar antigos edifícios com novas finalidades, num tempo em que demolir e construir se conjugam mais do que recuperar e restaurar.

Como exemplo, um dos casos mais recentes, onde havia a chácara "Zoza", que vemos abaixo, em imagem do Google Street View.

imagem: Google Street View

Terreno não impermeabilizado em quase todo o lote.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Entre a calçada e a garagem

Rampas onde deveriam estar calçadas são muito comuns, infelizmente. Desconhecimento, desinteresse e falta de fiscalização se misturam como causas.


Já falamos algumas vezes sobre a questão das Calçadas X Carros, hoje vamos fazer um comparativo simples, pra mostrar como a cultura do carro em primeiro lugar precisa ser revista.

A primeira calçada é de um estacionamento, localizado no Centro, que parece conhecer as normas para uma boa calçada. Podemos observar que além do piso ser adequado, a faixa destinada ao trânsito de pedestres acompanha a inclinação da rua e está livre de obstáculos, havendo o rebaixamento do meio fio e uma pequena elevação junto à entrada (faixa de acesso) como indicativos de que se trata de entrada de veículos.
Observamos nessa calçada, além, disso, certo cuidado que não se vê muito por parte dos donos ultimamente, com a calçada e sarjeta limpas e plantas cuidadas, mas isso pode ser assunto pra um outro dia.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

1 ano de A Rua dos Bobos!



     No inicio, era só uma ideia, hesitante como nossos pedestres ao tentar atravessar uma rua, incompleta como nossa cidade, sempre mutante, em obras. Aos poucos, foi tomando forma, se materializando e enfim, veio o primeiro texto, há um ano. E desde então virou realidade e não parou mais. Nesse meio tempo, seja no blog, pelo Facebook ou Twitter, chegaram centenas de amigos compartilhando das mesmas ideias, muitos de outros estados e até de outros países, com o mesmo espírito indignado, mostrando que aquela ideia inicial encontra eco em outras vozes, mostrando que não é só aqui que a cidade que temos está ainda longe da que queremos. Mas, como somos nós mesmos que fazemos a cidade, há sim esperança. E isso se mostrou também, quando divulgamos boas ações e ideias no espaço público da cidade, afinal.

     Nesse primeiro ano completado, A Rua dos Bobos agradece a todos que se interessaram em conhecer um pouco sobre o que pensamos e vemos em Fortaleza, seja nos posts, notícias ou pelas fotos, conhecendo ou não a cidade. Obrigado pelos comentários, sugestões, dicas, enfim. Obrigado por caminharem virtualmente por nossas páginas nesses últimos meses. E que possamos caminhar cada vez mais com segurança e conforto nas calçadas e praças de uma Fortaleza mais aconchegante e com mais opções, e que seja logo!


Um abraço!

Equipe A Rua dos Bobos.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

A rua que não tem calçada.

Demoramos mas chegamos à Messejana! Visitamos a Rua Coronel Guilherme Alencar e a situação que encontramos não foi das melhores.

Mapa de localização. Em amarelo: área visitada.

A rua, de uso predominantemente residencial, recebe pedestres por todo o dia, principalmente devido ao fluxo de pessoas que frequentam a Regional VI, localizada no entorno. Como podemos ver pelas fotografias, a ela é extremamente estreita e não sobra quase nenhum espaço para o pedestre. Há trechos em que os poucos centímetros existentes de "calçada" são tomados por lixo, obrigando o transeunte a dividir espaço com os carros. E salve-se quem puder!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

As passarelas (ou a falta delas)

Passarelas são como pontes, mas para pedestres. E é aí que começa o problema. Numa realidade em que os carros sempre tem preferência, passarelas são sucateadas ou simplesmente não existem, num sintoma da invisibilidade de quem anda a pé.



Vem se arrastando há algum tempo a polêmica (agora já mais fria) sobre a passarela do Centro de Eventos do Ceará. Após muitas idas e vindas do caso, o fato é que após uma passarela provisória ser retirada no ano passado, outra foi instalada esse mês, como paliativo até a vinda da definitiva (ainda não licitada). O governo promete algo no estilo da passarela do Pina, em Recife. Além do Centro de Eventos, outros pontos beneficiados seriam o Aeroporto Pinto Martins (que já deveria ter uma há muito tempo) e o Shopping Iguatemi.

E lá em Salvador, passarela coberta. Foto: Irlena Malheiros.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

A Rua dos Bobos no Cariri: Cidades diferentes, problemas parecidos.

Na segunda postagem sobre a região no Cariri, focamos nossa abordagem do projeto de revitalização de praças e ruas do centro da cidade do Crato, porém nem tudo são flores.

Como toda grande obra, dificilmente não se encontram problemas, alguns que poderiam ser resolvidos facilmente, até. Eles vão desde dificuldades com a companhia de energia, que não realocou os postes em lugar correto em um trecho da calçada, até a própria população, que, talvez por desconhecimento, coloca obstáculos sobre o piso tátil, como esse cavalete da foto abaixo.

cavalete sobre o piso tátil.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

A Rua dos bobos no Cariri: Quando a teoria é colocada em prática.

No post passado, falamos sobre Juazeiro e seu confuso fluxo de pedestres e carros. Já a cidade do Crato tem um perfil um pouco diferente. História, cultura e qualidade de vida da população são os aspectos de maior destaque. O mesmo projeto Cidades do Cariri realizou um belo projeto de requalificação da região central, que mostra que coisas simples se revertem em um grande benefício para a comunidade, e que as coisas podem ser feitas sem muito alarde.

faixa de elevada de pedestre, no nível da calçada.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Uso de grades no Dragão do Mar. Alguém entende?

Já faz alguns meses que as grades estão por lá. Pra proteger o novo parquinho até dá pra entender, mas cercar o edifício inteiro é demais pra aceitar em silêncio.

O turista que vem à Fortaleza e deseja tirar uma foto com a tradicional estátua do Patativa do Assaré leva de brinde um plano de fundo de grades verdes. Charmoso, não? E onde seriam bancos, ao lado do espelho d'água, também foi tomado por esse gradeado. Nada convidativo. 

O Patativa e as grades.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

A Rua dos Bobos no Cariri - Muita gente e pouca calçada.


O objetivo inicial desse Especial A Rua dos Bobos era fazer apenas uma postagem englobando tudo que vimos lá no Cariri, mas como encontramos muito mais material de trabalho do que pensávamos, dividimos em três posts a fim de que a leitura não seja cansativa e que vocês possam tirar melhor proveito daquilo que vai ser mostrado. Boa Leitura!
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No cariri cearense, cidades da região dão exemplo de como tornar uma cidade mais humana e agradável e tentam enfrentar os desafios do crescimento.

Vista panorâmica do centro de Juazeiro do Norte. Ao fundo, o Padre Cícero.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Cadeirante, voe até a recepção e solicite a rampa de acesso.

Encontramos essa pérola no centro de Juazeiro da Bahia. Bizarro, não?

Solicite na recepção a rampa de acesso, ok?

A calçada do estabelecimento.

domingo, 6 de janeiro de 2013

Cartilha de calçada. Por que não temos uma?

Um dos assuntos mais recorrentes aqui no blog é a ausência de boas calçadas para se caminhar em Fortaleza. Apesar da "padronização" de alguns passeios em poucas avenidas de nossa cidade, quando nos afastamos da parte mais central encontramos um total desprezo e uma total falta de fiscalização das mesmas.

É tanto que em pleno 2013, ano crucial para a nossa cidade no quesito mobilidade urbana, ainda não possuímos uma Cartilha de Calçadas, assim como em outras cidades (veja aqui algumas delas). A mesma seria essencial para que os novos passeios se adequassem aos princípios e normas de acessibilidade, contribuindo, assim, para a democratização da cidade, onde o direito de ir e vir de todo o cidadão seria respeitado.

A cartilha serviria de base para que os proprietários de calçadas não cometessem absurdos como os das fotografias abaixo. O estabelecimento comercial localizado na Av. dos Expedicionários, no Bairro Montese, reformou seu prédio e seu passeio. Entretanto, o revestimento utilizado não é dos mais adequados para por em calçadas.

Percebemos claramente a inclinação.