quarta-feira, 1 de agosto de 2012

A Casa Rachel de Queiroz ou a Casa dos Benjamins.

No começo de julho fizemos uma postagem que tratava da situação geral dos problemas urbanos do Bairro Henrique Jorge, hoje vamos tratar rapidamente de um assunto histórico: da casa da Rachel de Queiroz ou a Casa dos Benjamins.
A casa está localizada no Bairro Henrique Jorge e foi tombada em definitivo no ano de 2008 pela Prefeitura Municipal de Fortaleza. Após o tombamento, inúmeras promessas foram feitas pelos órgãos do Governo, como a de transformar o local em um Centro Cultural ou recuperar o imóvel através de linhas de financiamento. Infelizmente, 4 anos depois, e a casa da Rachel continua se deteriorando com o passar dos tempos e nada foi realizado.

Fachada e asfalto recém colocado na rua.


O imóvel nunca foi desapropriado, sendo ainda de propriedade de uma imobiliária e habitado por três famílias, que se recusam a dar entrevistas a quem quer que seja ou permitir quaisquer visitações ao imóvel.

Com três benjamins centenários a sua frente, recuo extenso (escasso nas residências do entorno) e a falta de muros, a casa preserva uma bonita aparência de sítio. A família Queiroz chegou ao sítio Pici em 1927, quando Rachel tinha apenas 17 anos. Foi exatamente nessa residência onde ela escreveu sua obra-prima, O Quinze.
Garoto brincando no sítio.


Há movimentos, como o Movimento Pró-Parque Rachel de Queiroz, que luta desde o ano 2000 para recuperar e preservar a bacia do Riacho Alagadiço, com criação de espaços públicos para lazer e contemplação da população da área. É possível ver o projeto através deste link. Os planos abrangem uma área muito extensa, mas vemos tal iniciativa como uma possibilidade para mudanças e para a informação.

A casa dos Benjamins, como vimos, precisa receber mais atenção por parte do poder público e por parte dos fortalezenses. É a memória de nossa cidade e de uma das maiores escritoras brasileiras que precisa ser preservada. É necessário que os órgãos municipais enxerguem tal importância e comecem a fazer mais pelas áreas não-turísticas, pois há história além do centro da cidade e há beleza além da beira-mar.
A Casa e os três benjamins centenários.

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