terça-feira, 5 de junho de 2012

Metrô de Fortaleza - andamos primeiro.

Neste final de semana, visitamos e conhecemos o metrô de Fortaleza, às vésperas do início das viagens de teste, ainda este mês.

A visita guiada é uma boa política do Governo do Estado para aproximar as pessoas das obras desenvolvidas em nosso estado, e nesta, além de internautas, foi convidada também a imprensa. Bem organizada, a visitação às instalações começou na estação São Benedito, no centro da capital. Lá foram divulgadas diversas informações a respeito do Metrofor e da viagem que seria realizada a seguir.

Informações acerca do metrofor foram divulgadas
e a imprensa estava presente.

A estação São Benedito é subterrânea.
Quanto à acessibilidade, pudemos observar que o acesso à estação em questão é realizado em calçadas em pedra portuguesa, sem piso tátil. Esse piso, aliás, foi uma ausência sentida por toda a instalação. Infelizmente o assunto não foi abordado, e não houve espaço para perguntas. A estação possui banheiros adaptados e bordas dos degraus contrastantes, além de corrimãos adequados.

Tivemos um caso em particular que é assustador e vamos falar dele em outra postagem. (Se preparem psicologicamente).

Bordas dos degraus poderiam ser mais contrastantes.

plataforma da estação São Benedito.

Nos fins de tarde vai ser mais ou menos assim. :p
Todos tiveram acesso ao trem do metrô, que não circulou por questões operacionais, mas foi levado para lá especialmente para visitação.

Metrô de Fortaleza por fora.

Metrô de Fortaleza por dentro.

Trens já estão prontos.
O trem é novo e confortável, e alguns vagões estão aptos a receber cadeirantes, como vemos abaixo.


O percurso foi realizado no VLT, também um equipamento novo, e que está circulando na linha Oeste (Fortaleza-Caucaia) e no Metrô do Cariri. Ambos possuem ar condicionado.


O VLT também é bem confortável.
No percurso de cerca de 20 km, chamava a atenção o interesse que a passagem do trem provocava nas pessoas, nos trechos de superfície e elevado. Muitos acenavam para o trem e sorriam, quebrando a incredulidade que ainda persiste, devido aos longos anos de obras.

Por onde passava, o trem chamava a atenção.

População entusiasmada por finalmente ver o metrô.

A estação Parangaba, que deve se tornar uma das principais, está ao lado do terminal de ônibus e deverá ter  estação do VLT integrada, segundo o projeto do governo. Apesar de ainda não termos visto como se dará a integração física prometida com o terminal de ônibus, essa medida é necessária e importante quando lembramos da constante falta de integração entre as diferentes propostas e obras de gestões e esferas de governo diferentes.

Chegada na estação Parangaba, com o terminal de ônibus ao fundo.

Estação elevada da Parangaba.
No percurso, observamos as construções civis necessárias, como viadutos, túneis e passarelas, além da urbanização do entorno das estações, com praças ao redor de algumas, como no Porangabussu.

Praça na Estação de Maracanaú.

Viaduto ferroviário no Mondubim.
O metrô, além de Fortaleza, tem estações em Pacatuba e Maracanaú, devendo fazer a viagem completa em cerca de meia hora.

Estação Carlito Benevides, em Pacatuba, é o final da linha Sul.

Em Pacatuba ficam o pátio de manutenção e as oficinas do Metrofor, que pudemos conhecer e nos entristecer constatando o vandalismo. Alguns veículos, novos, que circulavam pela Linha Oeste tiveram que ser recolhidos devido a pedradas. Só em 2012, foram cerca de 100, de acordo com o assessor da presidência do Metrofor, Fernando Mota. No Cariri, a situação não é muito diferente. Uma lástima.

Centro de manutenção do Metrofor.
Veículo depredado, que poderia estar servindo à população.

Vandalismo.

Esperamos que ações como esta despertem o sentimento de pertencimento que deveria haver entre os habitantes das cidades atendidas e seus equipamentos, para que atitudes como atirar pedras sejam cada vez mais reprováveis e inaceitáveis até que tenhamos os trens sempre circulando e não parados, dando prejuízo ao povo.

Nessa linha, esperamos também que esse mesmo pertencimento seja capaz de manter as estações e trens limpos, como vemos em metrôs de outras capitais. Para isso, serão necessárias muito mais lixeiras que as pouquíssimas que vimos, inclusive dentro dos trens.

Enfim, entre acertos e erros (todos ainda podem ser consertados, vamos prestar atenção!), o metrô de Fortaleza vai se tornar realidade finalmente. Que os fortalezenses o recebam como seu, com acenos sim, pedradas não. :p



2 comentários:

  1. Muito bacana esse post sobre o metrô que finalmente saiu do papel! O que dá tristeza mesmo são os VLTs depredados por quem não se importa com esse equipamento que serve à população.

    ResponderExcluir
  2. Pois é, Diana. Tomara que tenhamos cada vez menos trens parados naquele pátio de manutenção!

    ResponderExcluir