A falta de acessibilidade no entorno do Centro de Saúde da UFC.

Nos últimos meses, circularam pelo facebook fotos de rampas grotescas localizadas no entorno do Hospital Walter Cantídio, no bairro Rodolfo Teófilo e nós fomos lá conferir a veracidade desses casos.

A situação que visualizamos não é nada boa, infelizmente. As calçadas estão pra lá de precárias, dividindo espaço entre árvores históricas, postes e rampas mal feitas em um espaço mínimo. A questão é delicada e as opiniões são divividas. Se por um lado, seria absurdo derrubar essas árvores para deixar o espaço livre de qualquer obstáculo, por outro, essa falsa "reforma" feita, provavelmente, pela Universidade Federal do Ceará para encobrir as raízes dessas árvores, está em desacordo com todas as premissas de um bom passeio. Vejam as fotos.

Pouco espaço para a travessia de pedestres.

O Poste e a árvore dificultam a passagem de pedestres.

Com as árvores localizadas bem no meio das rampas, o espaço que sobra para a transição de um lado para outro é abaixo do mínimo necessário. Além do mais, esses equipamentos estão em total desacordo com as normas da ABNT, e como vemos abaixo, a rampa da foto não possui nem ao menos um corrimão para ajudar na travessia.

Rampa sem corrimão e fora das normas.

Por ser um entorno de hospital, e por isso mesmo receber todos os tipos de gente, incluindo transeuntes, alunos, professores e pessoas com mobilidade reduzida (cadeirantes, idosos, gestantes, obesos, mães com carrinhos de bebês, crianças) não é exagero pensar que essas rampas impossibilitam o acesso ou ao menos dificultam e muito a vida dessas pessoas. A Universidade deveria estar consciente de que a acessibilidade nos espaços urbanos e em todas as edificações de uso público ou de uso coletivo deve ser garantida, em conformidade com a legislação federal,  por meio do Decreto nº 5.296/2004.

Rampas fora das normas da ABNT 9050.

Por fim, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, a calçada faz parte da via tanto quando a parte asfaltada. Nós, pedestres, somos maioria e se é nos passeios que trafegamos quando descemos de carros, motos, ônibus e bicicletas, parece lógico que esse deveria ser o espaço mais bem cuidado e exigido pela população. E por que não é?