sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Como ampliar o seu quintal. Só que não.

Na Aldeota, um bom exemplo de "puxadinho" que não deve ser seguido por ninguém.


Na rua Marechal Rondon, na Aldeota, é necessário dirigir com muita atenção, para evitar... muros!
É que num trecho dessa rua, entre as ruas Desembargador Leite Albuquerque e Eduardo Garcia, simplesmente o muro de uma propriedade surge no meio da via, tomando o espaço da rua e da calçada e deixando as coisas um pouco estreitas por ali.

"Bom" lugar pra jogar lixo. Tanto que tem a placa de proibido.

Apesar de inusitada, a situação não é bem uma novidade, já mostramos algo parecido aqui anteriormente.
Esse local há pouco tempo foi mostrado também em uma matéria publicada no Diário do Nordeste.
A origem dessa arrumação não está bem esclarecida. O mais provável é que um dia alguém tenha acordado e achado seu quintal pequeno, mas não se sabe ao certo. Pode até ser que isso seja anterior à rua. Ou não.
Segundo a reportagem, o morador do imóvel preferiu não se identificar e dizer que quando chegou já estava tudo assim, e ao que parece o muro estendido pertence a mais de uma propriedade.

De um lado não tem calçada, do outro, bom, tá quase igual.
A situação, de tão estranha, nos faz pensar várias coisas. Entre elas, porque a Prefeitura consegue, através da Ecofor, identificar que o lugar é um potencial ponto de lixo, mas não consegue, através de outro órgão competente, notificar o proprietário ou tentar resolver a situação de alguma forma. Será, ainda, que seria possível construir uma calçada nesse espaço estreito, já que o povo precisa caminhar beirando o muro?

Trecho tomado torna a rua estreita.

Outro detalhe importante é que a rua é de mão dupla, o que faz os veículos brincarem de "esconde-esconde" atrás do muro, potencializando colisões frontais.
Fim da calçada, começo do... quintal?!
Infelizmente, e não só na fiscalização de construções, a sensação de impunidade leva algumas pessoas a tornar particular os espaços de todos (e aqui pode ser um muro na rua, um carro na calçada, cobrança em estacionamento público, tanto faz), e essa situação deve ser cada vez mais rejeitada pela população em geral, que pode (e deve) procurar o poder público e provocar a mudança que é devida. Se, por um lado, a ineficiência da administração causa essa sensação, por outro, é impossível estar todo o tempo em todos os locais, e por isso é tão importante a participação da comunidade, indicando e reclamando o que necessitar.

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