Neste final de semana, visitamos e conhecemos o metrô de Fortaleza, às vésperas do início das viagens de teste, ainda este mês.
A visita guiada é uma boa política do Governo do Estado para aproximar as pessoas das obras desenvolvidas em nosso estado, e nesta, além de internautas, foi convidada também a imprensa. Bem organizada, a visitação às instalações começou na estação São Benedito, no centro da capital. Lá foram divulgadas diversas informações a respeito do Metrofor e da viagem que seria realizada a seguir.
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Informações acerca do metrofor foram divulgadas
e a imprensa estava presente. |
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A estação São Benedito é subterrânea. |
Quanto à acessibilidade, pudemos observar que o acesso à estação em questão é realizado em calçadas em pedra portuguesa, sem piso tátil. Esse piso, aliás, foi uma ausência sentida por toda a instalação. Infelizmente o assunto não foi abordado, e não houve espaço para perguntas. A estação possui banheiros adaptados e bordas dos degraus contrastantes, além de corrimãos adequados.
Tivemos um caso em particular que é assustador e vamos falar dele em outra postagem. (Se preparem psicologicamente).
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Bordas dos degraus poderiam ser mais contrastantes. |
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plataforma da estação São Benedito. |
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Nos fins de tarde vai ser mais ou menos assim. :p |
Todos tiveram acesso ao trem do metrô, que não circulou por questões operacionais, mas foi levado para lá especialmente para visitação.
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Metrô de Fortaleza por fora. |
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Metrô de Fortaleza por dentro. |
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Trens já estão prontos. |
O trem é novo e confortável, e alguns vagões estão aptos a receber cadeirantes, como vemos abaixo.
O percurso foi realizado no VLT, também um equipamento novo, e que está circulando na linha Oeste (Fortaleza-Caucaia) e no Metrô do Cariri. Ambos possuem ar condicionado.
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O VLT também é bem confortável. |
No percurso de cerca de 20 km, chamava a atenção o interesse que a passagem do trem provocava nas pessoas, nos trechos de superfície e elevado. Muitos acenavam para o trem e sorriam, quebrando a incredulidade que ainda persiste, devido aos longos anos de obras.
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Por onde passava, o trem chamava a atenção. |
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População entusiasmada por finalmente ver o metrô. |
A estação Parangaba, que deve se tornar uma das principais, está ao lado do terminal de ônibus e deverá ter estação do VLT integrada, segundo o projeto do governo. Apesar de ainda não termos visto como se dará a integração física prometida com o terminal de ônibus, essa medida é necessária e importante quando lembramos da constante falta de integração entre as diferentes propostas e obras de gestões e esferas de governo diferentes.
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Chegada na estação Parangaba, com o terminal de ônibus ao fundo. |
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Estação elevada da Parangaba. |
No percurso, observamos as construções civis necessárias, como viadutos, túneis e passarelas, além da urbanização do entorno das estações, com praças ao redor de algumas, como no Porangabussu.
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Praça na Estação de Maracanaú. |
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Viaduto ferroviário no Mondubim. |
O metrô, além de Fortaleza, tem estações em Pacatuba e Maracanaú, devendo fazer a viagem completa em cerca de meia hora.
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Estação Carlito Benevides, em Pacatuba, é o final da linha Sul. |
Em Pacatuba ficam o pátio de manutenção e as oficinas do Metrofor, que pudemos conhecer e nos entristecer constatando o vandalismo. Alguns veículos, novos, que circulavam pela Linha Oeste tiveram que ser recolhidos devido a pedradas. Só em 2012, foram cerca de 100, de acordo com o assessor da presidência do Metrofor, Fernando Mota. No Cariri, a situação não é muito diferente. Uma lástima.
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Centro de manutenção do Metrofor. |
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Veículo depredado, que poderia estar servindo à população. |
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Vandalismo. |
Esperamos que ações como esta despertem o sentimento de pertencimento que deveria haver entre os habitantes das cidades atendidas e seus equipamentos, para que atitudes como atirar pedras sejam cada vez mais reprováveis e inaceitáveis até que tenhamos os trens sempre circulando e não parados, dando prejuízo ao povo.
Nessa linha, esperamos também que esse mesmo pertencimento seja capaz de manter as estações e trens limpos, como vemos em metrôs de outras capitais. Para isso, serão necessárias muito mais lixeiras que as pouquíssimas que vimos, inclusive dentro dos trens.
Enfim, entre acertos e erros (todos ainda podem ser consertados, vamos prestar atenção!), o metrô de Fortaleza vai se tornar realidade finalmente. Que os fortalezenses o recebam como seu, com acenos sim, pedradas não. :p
Muito bacana esse post sobre o metrô que finalmente saiu do papel! O que dá tristeza mesmo são os VLTs depredados por quem não se importa com esse equipamento que serve à população.
ResponderExcluirPois é, Diana. Tomara que tenhamos cada vez menos trens parados naquele pátio de manutenção!
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