A Praça Clóvis Beviláqua está localizada no centro da cidade de Fortaleza e encontra-se, infelizmente, completamente abandonada.
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Praça Clóvis Beviláqua. |
Também chamada, equivocadamente, de Praça da Bandeira, a Praça Clóvis Beviláqua foi construída em meados do século XIX e após várias gestões de prefeitos recebeu inúmeras mudanças, mas foi na administração de Walter Sá Cavalcante que construíram uma caixa d'água subterrânea, a qual descaracterizou o espaço que existia antes transformando-a na composição de espaço que temos hoje: arborização apenas nas laterais e pouquíssimo uso da área central.
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Vegetação ausente em toda a parte central da praça. |
Por estar localizada na área central, histórica e comercial de Fortaleza, próxima à Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará, e ainda, do Instituto Dr. José Frota, da casa do Barão de Camocim e, um quarteirão mais a frente, do Vila das Artes, é de se esperar que a praça esteja, no mínimo, um pouco conservada, mas o que encontramos foi um abandono sem precedentes.
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Faculdade de Direito e o Obelisco da Vitória, em frente à praça. |
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Caixas-d'água atrás da Faculdade de Direito
que antes fazia parte da praça Clóvis Beviláqua. |
O primeiro fato assustador que se apresentou para nós foi o estado dos passeios, que, em toda sua extensão circundante à praça, estão cheios de buracos e pedras portuguesas soltas, deixando buracos imensos em todas as direções em que passamos, inclusive em suas escadas e próximo a equipamentos, como os telefones públicos e paradas de ônibus. O que resta às pessoas que passam por ali é tomar bastante cuidado e tentar desviar dessas crateras.
(Atenção! Cenas pesadíssimas nas próximas fotos!)
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Passeio cheio de buracos. |
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Pavimentação solta na área central. |
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Buracos nos degraus. |
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Mais buracos, areia e pedras soltas no passeio. |
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Opa! mais uma, essa tá feia! |
As laterais da praça estão ocupadas por bancas de revistas, quiosques, camelôs e ainda, moradores de rua, que fazem do muro da estação da Cagece e das sombras das árvores, um abrigo. A acessibilidade, simplesmente, não é nem cogitada, já que a única rampa que encontramos estava localizada dentro de um desses muitos buracos. É realmente bem assustador.
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Aprendam: como não fazer uma rampa.
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Moradores de rua ao lado da estação da Cagece. |
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A área central da praça também está com seus passeios deteriorados e cheios de capins saindo por entre as pedras. O campo de futebol está desprezado, assim como a estátua do Clóvis Beviláqua e o Obelisco da Vitória. Os jardins, que eram pra ser verdes e espaços para convivência, também sofrem com o abandono e o descaso.
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"Jardins" vazios e sem uso. |
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Estátua do Clóvis Beviláqua. |
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Mais buracos e materiais soltos próximo ao campo. |
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Campo de futebol, que é mais utilizado no turno da noite. |
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Escadaria de frente pra Rua General Sampaio. |
Os equipamentos públicos, como os bancos e telefones, estão em sua maioria quebrados, e não encontramos uma lixeira sequer. É sério, gente! Nenhuma lixeira em toda a praça!
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Bancos de praça quebrados e mal conservados. |
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Usuários do entorno e transeuntes são mais frequentes
no passeio que existe uma parada de ônibus. |
A ausência de cuidados por parte do poder público acarreta situações extremas, como essa em que se encontra a Praça Clóvis Beviláqua. Um fato que merece ser ressaltado é que, durante a tarde de sábado em que fizemos a visita, havia muitas pessoas nas paradas de ônibus no próprio passeio da praça, porém pouquíssimas pessoas a utilizavam. Outro fato interessante que notamos foi a de que a entrada principal da Faculdade de Direito, que se situa em frente à praça, permanece sempre fechada, como que tentando voltar as costas e se "proteger" do espaço, fato que desvaloriza, de certa forma, a área verde e livre que existe logo ao lado. Infelizmente, a maioria das pessoas, e principalmente os responsáveis pelos espaços públicos ainda não percebem o potencial que uma área como a Praça Clóvis Beviláqua poderia vir a trazer, se devidamente aceita e abraçada pelo que existe em seu entorno .
[A Clóvis Beviláqua está na lista de praças que vão ser reformadas pela Prefeitura Municipal de Fortaleza neste ano de 2012, e nós vamos estar atentos às possíveis mudanças, esperando, sempre, que elas sejam boas.]
parabéns pela qualidade das fotos! ah, e eu sempre chamo de Praça da Bandeira..não tem jeito.
ResponderExcluiràs vezes helicópteros pro IJF pousavam no meio do campinho. é uma praça que tem muito movimento, mas está, como se vê bem, abandonada desde sempre.
Toda vez que passo por ali, sinto tristeza, com o que fizeram com esta praça. Quando eu era criança, lá pelos idos da década de 60, era linda e dava gosto pessoas passarem por ali. Muitos pés de buriti, muita sombra, bem conservada. Ausentei-me uns tempos de Fortaleza e ao retornar, deparei-me com o quadro lamentável. Além da bela praça, os bangalôs na lateral e também nossa saudosa rádio uirapuru. Quando estes governantes vão fazer uma obra, principalmente nos moldes desta, deveriam consultar à população.
ResponderExcluirEu brincava nessa praça quando eu era criança. Alias, de todas as praças que eu brincava quando era criança, só a da Gentilândia está conservada. Onde as crianças estão brincando agora?
ResponderExcluirInfelizmente essa praça está abandonada. Tenho ótimas lembranças dela e vê-la assim só me deixa um pouco triste.
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