Na Beira mar, mirando a beira das calçadas

   Para inaugurar o blog, foi escolhida a Avenida Beira Mar, principal cartão-postal e palco de muitos eventos de grande público durante o ano. E, pelo que podemos ver, precisando muito da execução do projeto de requalificação previsto.

   De uma ponta a outra, se vê o desprestígio da calçada, essa personagem tão desmoralizada por estas bandas. E isso nem é sobre o calçadão multiuso, onde se faz caminhada, ciclismo e cooper, no mesmo espaço, sem demarcação, na maior democracia. O olhar um pouco atento vai todo pra (falta de) acessibilidade ao longo da via.

   Em diversos pontos, faixas de pedestre com o meio fio alto dificultam a travessia segura, na avenida e suas esquinas. Algumas possuem uma espécie de vala, aumentando o nível de dificuldade para pessoas com mobilidade reduzida. (level expert!)

(clique nas fotos para ampliar)

                                                                 (nível hard)

   Em outros, em especial na região do Clube Náutico, dá pra considerar que se tentou obedecer à legislação de acessibilidade, mas sem padronização, e em vários casos, sem funcionalidade nenhuma.

  Vendo a foto abaixo, dá pra imaginar por que não costumamos ver muitos cadeirantes frequentando a avenida.

da série pérolas da acessibilidade (?). 

                                                                      

   Além da “rampa”, a calçada em pedra portuguesa e outros tipos de materiais no lado direito da via são, para pessoas com pouca mobilidade, um convite a ficar em casa (ou no hotel).

   A Prefeitura, é verdade, vem procurando adaptar e padronizar os passeios de sua responsabilidade, ainda que não na velocidade e qualidade necessárias. Mas, mesmo em lugares que deveriam estar “acessíveis”, parece que muita gente ainda não tem muito claros alguns conceitos sobre o assunto.

piso tátil? É o quê?  :P

Moral da história: a Avenida Beira Mar, apesar do que foi apontado, tem, no geral, melhores condições que vários outros pontos de grande circulação de pessoas. Esta via ainda possui um projeto, que, espera-se, pode torná-la uma referência. E todos os outros?